Performance ‘Bang Bang’ de Paloma Mecozzi e Joana Ferraz (esq.) e vídeo instalação ‘Apelo’ de Valentina Soares em colaboração com Fernanda Vinhas (dir.) :: ‘Medo e Confiança’ :: Paço das Artes / São Paulo – Brazil 2015
As atividades realizadas durante o programa de residência artística do Paço das Artes em São Paulo foram baseadas no desenvolvimento e na construção da versão prototípica do aplicativo para aparelhos celulares Medo e Confiança.
O aplicativo permite que o interator compartilhe experiências pessoais relacionadas com o tema da violência urbana motivada por intolerância no mapa da cidade. A interface é muito simples: o interator pode compartilhar texto e/ou gravar um áudio num ponto específico do mapa. Uma ferramenta simples de geolocalização identifica a geolocalização do interator e, como um contador Geiger, o aparelho celular soa o áudio gravado e disponiliza o texto para leitura.
Neste sentido, a primeira fase do programa foi focada na pesquisa de uma interface que seria capaz de transmitir e comunicar a complexidade do conceito desta plataforma para um aplicativo. Após um mês de testes e estudos, o artista chegou a conclusão que uma interface visual e alguns textos não seriam suficientes para chegar em seus objetivos: o conteúdo da plataforma era demasiadamente extenso e complexo para ser resumido numa interface maquínica.
O artista concluiu, então, que era necessário criar uma abordagem mais humana que direcionou o projeto para uma outra direção: procedimentos de performance baseados em arte relacional. Por esta razão, o artista propôs encontros e entrevistas com outros artistas de diferentes áreas com o intuito de compreender melhor o contato com o público e para melhorar a interface do aplicativo
Estes encontros, no entanto, o levaram para outra conclusão – algo que, na verdade, o artista já estava intrigado e curioso – muito mais profundo que seu interesse inicial centrado apenas na construção do aplicativo: que este projeto é uma plataforma de arte relacional e participativa que pode gerar inúmeras interfaces para comunicar seu conceito, e que o aplicativo, apesar de um importante vetor de ação, não é o único.
Mais a frente, ao longo dos 17 encontros com artistas e não artistas, o artista concluiu que um ponto de vista mais sensível poderia trazer mais compreensão ao tema e ao conceito, e ajudaria usuários a compreender a plataforma. Nesse sentido, todos os colaboradores foram convidados a compartilhar narrativas pessoas e obras/processos artísticos relacionados ao tema ‘relação de medo e confiança e violência urbana em São Paulo’.
Finalmente, o projeto em São Paulo foi estruturado em três pilares fundamentais: o desenvolvimento e construção de uma versão prototípica do aplicativo para aparelhos móveis ‘Medo e Confiança’; uma exposição coletiva de textos, obras de arte, registros de intervenções urbanas e performances de artistas convidados; e a performance intitulada ‘Jantar’.
The activities proposed by the artist to be accomplished during the residency program of Paço das Artes in São Paulo were based in the development and the construction of a mobile phone application.
This app allows the interactor to publish a personal experience with urban violence in the map of the city. The interface is very simple: the interactor can share a text and record or submit an audio file in one single point of the map. One can only listen to the posts by passing close to the points in the urban space. A simple geolocalization feature identifies the geoposition of the interactor and, just like one Geiger counter, the mobile sounds the audio recorded and the text is displayed for the user.
In this sense, the first phase of the program was focused in the research of an interface that would be capable of transmitting and communicating the complexity of the concept of this platform in an app. After one month of tests and studies, the artist came to the conclusion that a visual interface and some texts would not be enough to accomplish his goals: the content of the platform was way to extensive and complex for a machinic interface.
Tsuda concluded that he would need a more human approach, which led the project to another research, relational art based performance procedures. For this reason, the artist proposed some conversations and interviews with another artists from different areas in order to understand better this contact with the public and also to improve the app interface.
Those meetings, however, led the artist to another conclusion – something, actually, that he was already intrigued and curious about – much more profound than its initial interest in the app construction: that this project is a relational art based platform which can have countless different interfaces to communicate its concept, and the mobile app is a very important and well designed one, but not the only one.
More over, along the encounters with 17 artists, Tsuda concluded that an artistic point of view would bring more comprehension to the subject and the concept, and would help the users to understand the platform. In this sense, all the artists were asked to send a personal narrative and an art work linked to the relation of fear and trust and urban violence in São Paulo.
The project in São Paulo was finally structured in three base pillars: the development and construction of the mobile app ‘Medo e Confiança’; an collective exposition of texts, art works, urban interventions and performances from the invited artists; and the artist performance entitled ‘Diner’.